Eu sempre passo pela OI OI OI (vulgo Av. Brasil - sdds~*) para ir à faculdade e sempre foi um lugar feio, sujo, uma parte do Rio que não fazia sucesso até a findada novela ser o sucesso que foi. Ela não fazia parte do cartão postal da cidade e se não mudar continuará na mesma posição que ocupou: ostracismo turístico.
Porque grandes eventos estão chegando no Brasil, algumas obras estão sendo feitas em pontos estratégicos para desafogar o trânsito (que é intenso por lá) já que o acesso ao aeroporto internacional é por essa extensa via imunda. E esse trânsito intenso é mostrado, todo o dia, pelo RJ TV (da Globo) como se fosse uma novidade esperada. Até que um dia foi mostrado um vídeo de algo que chamou a atenção de quem assistia (fazendo com que a matéria fosse parar no Jornal Nacional, também da Globo), algo que, para quem não passa pela Av. Brasil diariamente ou quem passa mas está dormindo no coletivo lotado, ou ainda para quem ignora o que é feio (sem recriminações, afinal, o lúgrebe social já virou rotina e por isso não choca tanto... pelo menos não choca tanto até aparecer na televisão com um discurso acalorado sobre como isso é um absurdo), repercutiu como o novo grande problema social carioca que carece de atenção.
Matéria do Jornal Nacional
Então, desde que a matéria foi exibida no início de novembro, venho reparado no aumento do número desses usuários de crack (estou usando o termo que a Globo usou para defini-los, já que não sei se todos, de fato são dependentes) que estão firmando acampamento nessa movimentada avenida. Aí, um motorista resolveu desmentir a matéria passada na Globo, mostrando que, no caso, não era ali que eles se estabeleciam.
A partir de 5:00
A filmagem mostra a polícia ali, agindo para que não haja nenhum usuário de crack. "Agindo" e queimando lixo. Muito certo, não? Não. Porém, essa situação de calmaria durou pouco porque a ação da política pública (que forçou pessoas a irem para a "rehab" - RISOS QUE ABRIGO PÚBLICO É REHAB - como animais) se preocupou apenas enquanto as imagens eram divulgadas na televisão.
Nova sociedade se formando
Aí hoje, passando por lá como todos os dias, resolvi tirar duas fotos para se ter uma noção do aumento dos adeptos desse Woodstock que se formou. Parece que já existe até uma forma de organização e política deles (que, ao que aparentam, são pacíficos. Agora, se querem uma contracultura ou só um lugar pra consumo próprio de sua droga em paz, não perguntei/perguntarei). O vídeo acima mostra o início da retomada do local, mas vou mostrar nessas fotos como é a situação nesse momento (mesmo que tenham muitos carros na frente, dá pra se ter uma noção de como a coisa está desenvolvida e com estruturas para moradia):
Ao fundo, barracas estão em pé |
Existe ambiente aberto, as cabanas para dormir ficam em parte separada e todos confraternizam |
Parece que essa situação vai continuar até que alguma emissora de TV """"""denuncie""""""""" ou algum traficante da favela da Maré, que fica bem próxima, se estresse, já que estão ficando incomodados com esses moradores de rua (e usuários de crack) criando uma nova comunidade, e avançam contra eles de vez em quando.
Espero não estar passando por ali quando acontecer o desfecho dessa história, seja pela intervenção da polícia ou dos traficantes da Maré, porque, de acordo com o quadro que está se apresentando, o único fim deles é perderem essa localização.
Oi Bruno.
ResponderExcluirA realidade nunca condiz com a TV, a gente ve exemplos disso o tempo todo.
Passando a frequentar aqui.
Abração!
...? não entendi...
ResponderExcluirNessas horas que eu adoooooooooooro morar no interioRRRRRRRR... hehehe! E tadinhos dos "virgens", menino! Tem que ter paciência com eles, pô! Heheheh! Hugz!
ResponderExcluir#Raíchora! Hahahahaha!
ResponderExcluirCaótico, assustador e preocupante. Um fato que será explorado ao máximo por todos os telejornais, isto é, até que outra nova e também apocalíptica manchete ocupar seu lugar fazendo com que sta realidade seja esquecida por aqueles que não a vivem diariamente.
ResponderExcluirO grande temor é que ocorra algum tipo de medida drástica, o que não seria uma solução para o problema,mas somente uma forma de tapar os olhos das pessoas e pregar a fantasia de que "O Rio de Janeiro continua lindo..."