Nunca escondi de ninguém que adoro Big Brother; e como tudo que adoro, me sinto na obrigação de procurar me informar mais sobre aquilo. Porém, além disso, eu sei que este é um programa manipulado e que Boninho decide qualquer coisa sem respeitar a vontade do público ou enganando o telespectador.
"porque eu quero! bjs" |
Mas dizem que é um programa de TV feito por pessoas burras e voltado para um público de intelecto igual. Não vou dizer que a maioria dos telespectadores do Big Brother Brasil seja a mais culta, vide blogs como o da Dona Lupa (Pelo amor de Deus, né? A senhora gastou 70 mil reais contratando uma empresa de telemarketing pra, em uma edição passada, fazer um participante ganhar o programa!).
Recebi unfollow no Twitter por causa do BBB, dos meus comentários. Recebi o unfollow de um rapaz que só faz postagens iguais a de todos os outros e reclama das minhas seguirem a maré de TV comentada na internet.
Reclama de BBB, mas só posta foto de homem sem camisa na TL.
— Lê Foxx (@Foxx) January 21, 2013
Resolvi, então, fazer uma rápida análise do que é o BBB pra provar que não só de pessoas que votam em reality show como se fosse resolver as mazelas sociais é feito o público desse programa!
Vamos começar falando do início: o programa pode até ser inspirado no livro 1984, do Orwell, mas é totalmente contrário a ele por ser um programa que não é, em nenhuma instância, invasivo. Ele é evasivo. Já citei isso uma vez num texto sobre autoria. Não estamos interessados, de fato, no cotidiano dos participantes, por isso a compilação do programa exibido na TV aberta é de apenas as polêmicas que moldam o personagem que cada um irá representar no show. Assistimos o Pay Per View não para vê-los escovando os dentes, mas para sermos os primeiros a presenciar uma discussão ou uma alegação que possa nos fazer ganhar uns bons RTs no Twitter por termos sidos os primeiros a expô-la (tal como a história do Dhomini ter arrancado a machadadas os dentes de um cachorro).
Fique registrado que nem entrarei no mérito de produzir conteúdo / ser o primeiro a achar algum conteúdo e isso fazer parecer que ele é nosso (quem nunca viu briga de "eu achei isso primeiro no YouTube! Me dê os créditos!"??).
A privacidade do BBB se evade e acaba por exibir a vida de ninguém. E é esse ninguém que nos interessa, que faz podermos amar e odiar quem está concorrendo ao prêmio final. Porque se fosse a vida de alguém, a dali de dentro, não poderíamos ter os sentimentos íntimos de torcedor porque teríamos que conhecer, antes de tudo, aquelas pessoas. E não as conhecemos! Engana-se o telespectador que acha que conhece um participante porque o viu, todos os dias, na televisão. Você não o conhece. Você conhece o que a câmera permitiu que mostrasse e, além disso, o que ele decidiu abrir para os votantes de casa. Essa obsessão pela vida privada que temos hoje em dia confirma isso: a vida privada interessante é aquela que não é a literal, é a que tem tempo pra acabar e horário pra exibir-se.
Portanto, o Ninguém é a vida impessoal e comum a todas as vidas particulares. Esse é o brilho do Big Brother. Ele não mostra embates sociais dentro do programa mas, sim, fora dele: a disputa entre pobres e ricos, entre homossexuais e heterossexuais e periguetes e recatadas dentro do espaço que se passa o programa é apenas o motivador das discussões e análises que podem ser feitas do Brasil que torce por um ou outro lado, pois apenas aqui fora todo mundo é alguém, lá dentro, não.
E se não curte o programa, não dê unfollow, dê um filtro.
Vamos começar falando do início: o programa pode até ser inspirado no livro 1984, do Orwell, mas é totalmente contrário a ele por ser um programa que não é, em nenhuma instância, invasivo. Ele é evasivo. Já citei isso uma vez num texto sobre autoria. Não estamos interessados, de fato, no cotidiano dos participantes, por isso a compilação do programa exibido na TV aberta é de apenas as polêmicas que moldam o personagem que cada um irá representar no show. Assistimos o Pay Per View não para vê-los escovando os dentes, mas para sermos os primeiros a presenciar uma discussão ou uma alegação que possa nos fazer ganhar uns bons RTs no Twitter por termos sidos os primeiros a expô-la (tal como a história do Dhomini ter arrancado a machadadas os dentes de um cachorro).
Fique registrado que nem entrarei no mérito de produzir conteúdo / ser o primeiro a achar algum conteúdo e isso fazer parecer que ele é nosso (quem nunca viu briga de "eu achei isso primeiro no YouTube! Me dê os créditos!"??).
A privacidade do BBB se evade e acaba por exibir a vida de ninguém. E é esse ninguém que nos interessa, que faz podermos amar e odiar quem está concorrendo ao prêmio final. Porque se fosse a vida de alguém, a dali de dentro, não poderíamos ter os sentimentos íntimos de torcedor porque teríamos que conhecer, antes de tudo, aquelas pessoas. E não as conhecemos! Engana-se o telespectador que acha que conhece um participante porque o viu, todos os dias, na televisão. Você não o conhece. Você conhece o que a câmera permitiu que mostrasse e, além disso, o que ele decidiu abrir para os votantes de casa. Essa obsessão pela vida privada que temos hoje em dia confirma isso: a vida privada interessante é aquela que não é a literal, é a que tem tempo pra acabar e horário pra exibir-se.
Portanto, o Ninguém é a vida impessoal e comum a todas as vidas particulares. Esse é o brilho do Big Brother. Ele não mostra embates sociais dentro do programa mas, sim, fora dele: a disputa entre pobres e ricos, entre homossexuais e heterossexuais e periguetes e recatadas dentro do espaço que se passa o programa é apenas o motivador das discussões e análises que podem ser feitas do Brasil que torce por um ou outro lado, pois apenas aqui fora todo mundo é alguém, lá dentro, não.
E se não curte o programa, não dê unfollow, dê um filtro.
OK! Filtrado!!! rs
ResponderExcluirbjão
Ê honra de ter tweet meu aqui em destaque.
ResponderExcluirAcho tediosas essa discussão, sinceramente. Quem não gosta não assiste, ponto, e se vc não gosta de Big Brother e absolutamente todos os seus amigos gostam, tem algo muito errado com a forma que vc escolhe os amigos, né?
A fox te deu unfolou ??dona xupa
ResponderExcluirnão, não fui eu, Anônimo...
ExcluirGostei da exposição.
ResponderExcluirEu sou dos que não vêem esses programas. Em Portugal começaram no fim dos 90's e vi apenas um, porque era novidade e todos viam...
Acabou, não tem mais interesse e pelo menos o que se passa em Portugal é deveras mau. Mas não sei se a realidade é a mesma.
Mas há um filme que adoro sobre esta temática, o "The Truman Show", com o Jim Carrey, um filme de 1998 que conta de uma forma genial o que é este tipo de reality show levado ao extremo. Recomendo a quem não o tenha visto ainda.
Quanto ao comentário que deixaste no meu blogue :-) deixo-te aqui o meu e-mail. Responde sff e falamos por lá :p
sadeyes.gf@gmail.com
Abraço
eu vejo tudo e assisto tudo para realmente filtrar o que me interessa alguns amigos gostam e outros não. eu vejo o programa às vezes assim como às vezes vejo a novela da Gloria Perez. acho que para falar a respeito eu tenho que no mínimo assistir.
ResponderExcluirOi Bruno... recebi um coment seu a alguns dias atrás. Vim agradecer, já com atraso..rs. Temos sim alguns amigos em comum... prova que temos bom gosto.
ResponderExcluirQuanto ao BBB... vou filtrar. Não assisto, mas o Sadyes realmente lembrou bem, "O show de Truman" é um filme sobre a temática, e é danado de bom.
Gracias pela visita Bruno, sinta-se a vontade para retornar.
Abraços
amo o big brother e tô chateado pq tiraram a Aline e deixaram aquela sanambaia do Ivan. Aline tinha muita promessa pra barraco nessa edição. Aprenda povo, nessa semana SALVE A ANAMARA.
ResponderExcluirbjos
Acho a ideia do Big Brother brilhante, confinar pessoas com histórias e culturas diferentes dentro da mesma casa, porém com o passar do tempo o formato tornou-se vazio, repetitivo, uma ideia ousada, mas que peca por não ousar, a escolha dos participantes é um exemplo claro sempre mais do mesmo, estereótipos clichês, por outro lado penso que a ousadia assusta o "público brasileiro" que elimina tipos como Ariadna e Aline na primeira semana, diferente da "Fazenda", onde os mais polêmicos seguem para as finais, talvez pelo fato dos telespectadores serem formados na maioria por fãs de Reality Show e não simples telespectadores que acabaram de assistir a novela das 21h e não desligam a TV.
ResponderExcluirEu não tenho nada contra. E nada tão a favor... mas acho que com entretenimento serve. Hehehehe!
ResponderExcluirE sim: comemoro todas as datas "festivas" e - tal qual mulher de TPM - marco no caderninho quem esquece delas... hahahahaha! Hugzones!
Quem não gosta tem várias opções, uma delas é mudar de canal, e aprender a respeitar o gosto dos outros.
ResponderExcluirBjux
Rs* discussão ácida por aqui , rs!
ResponderExcluirO BBB como vs mesmo disse é manipulado e está um pouco desgastado , isso é fato , confirmado , mas ainda assim , é algo divertido , apesar de ser um tanto estúpido e ser considerado por muitos dos que se acham um pouco mais inteligente , algo também estúpido , então fica complicado.