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segunda-feira, 19 de abril de 2010

A gente não tem limites

Essa foi a frase com a qual eu, Tina e Rafa acordamos hoje.
Ontem foi aniversário da minha irmã e para comemorar ela chamou uns amigos para virem aqui pra casa assistir o fogão ganhar dus traficanti [atóóóóóro perigón]. Tudo corria muito bem e eu me mantive muito bem comportado até a hora que anoiteceu.
Já tinha ido embora uma galera e eu fiquei mais alegre e resolvi num dado momento que aquela era a hora certa de falar: "Pai, sou gay! alocka".
Fui conversar com meu pai na varanda e quando eu comecei a falar minha avó apareceu, mãe e a namorada do meu pai. Todos para ouvir o que eu tinha pra dizer, quando na verdade a conversa era só com meu pai.
Ai comeceu assim: "Olha só! Ninguém é idiota. E sou gay"
Isso arrancou um leque de elogios da minha mãe e vó para mim, meu pai falando que por ele tudo bem e a namorada do meu pai também dando apoio. Toda hora eu tentava falar algo mas eles me cortavam com elogios. Então eu levantei, deixei eles debatendo a minha sexualidade, e pensei: "Ah! Já joguei tudo no ventilador mesmo... vou dormir!"
Cheguei no quarto, meu namorado estava no computador e falei: "Amor. Acabei de falar pro meu pai que eu sou viado, que você é meu namorado. Vai lá conversar com ele que eu to indo dormir"
ele ficou assim :O "Bruno! Você é maluco! Eu que não vou lá! E blábláblá" Sei que ele nem foi mais na cozinha...
Estou dormindo e as 5 da manhã Nanda me acorda: "Bruno! Preciso ir embora que eu tenho que gravar no Projac. Abre a porta pra mim. To tentando fazer isso a uns 10 minutos e não consigo." Fui ajudá-la.
Enquanto a levava pra porta ela fala: "Bruno! Acho que tem alguém passando mal no banheiro porque tá lá a mais de 10 minutos... Já bati na porta e não respondem... E acho que tem gente se pegando freneticamente ali na sua varanda da cozinha".
Ela saiu e eu ouvi um barulho vindo da varanda. Abro a porta na cara-de-pau e meto a cabeça pra fora e a única coisa que eu vejo é um homem levantando as calças, sem camisa.
Fecho a porta e vou andando pra sala de jantar onde encontro Rafa.

Eu: "Rafa? Era você no banheiro? Tava preocupado. Tá tudo bem?"
Rafa: "Tudo... só um pouquinho enjoado. É que eu dormi no chão do banheiro e esqueci. Ouvi até alguém batendo na porta"
Eu: "Você dormiu no chão do meu banheiro? Rs"

E nisso a gente conversando, o cara que levantou as calças aparece sem camisa só de calça jeans com o maior pauzão marcado e pergunta: "Bruno. Desculpa a falta de educação, foi mal mesmo... Mas tem camisinha?"
Segurei o riso, peguei duas pra ele e ele voltou pra lá
Eu: "Quem tá com ele lá fora?"
Rafa: "Tina"

Volto pro meu quarto, deito na minha cama: "Amor, você não sabe quem tá fodendo na varanda"
Namorado: "Tina putona, claro"

Dia seguinte acordei às 8h pra ir à faculdade fazer prova... Quando volto Tina tá acordando e Rafa acorda em seguida.
Tina: "MEU DEUS!"
Rafa: "Eu dormi no chão do banheiro"
Eu: "Falei pro meu pai que sou gay"

Gente!, é sério! Era só uma reuniãozinha de amigos pra ver o jogo do botafogo e termina com um dormindo no chão do banheiro, outra fodendo com um desconhecido na varanda da minha casa e com meu pai sabendo que eu sou gay... A gente não tem limite nenhum...

6 comentários:

  1. Realmente , sem limite e sem noção rsrsrsr
    Bjux

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  2. Ainda bem q parei de beber...

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  3. Amigo,
    Saudade sim! Amor tb.
    Passamos juntos por aqui eu e Alê pra te agradedecer pelo carinho da amizade e companhia. Celebre o amor com a gente.Bju nosso.
    Jay e Alê.

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  4. Hahahah..vc nao tem limites bruno...hahahaha

    abraçao

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  5. Reuniãozinha digna, hahaha. Que bom que a sua família aceitou tão bem. Quanto a bebida, larga dessa vida, bruno! Bj

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  6. E aêh rapaz, até que seu quarto tá arrumadinho, não viu o meu.

    Então que bom que gostou, segui o seu mesmo rs.

    falow, abraço!

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"frente a uma sociedade e uma linguagem reificadas, o indivíduo afirma dolorosa, agressiva ou humoristicamente sua diferença"
Theodor Adorno