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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

[17/09/09] O Técnico

Bom, na verdade esse não iria ser o tema desse post, mas quando eu ia começar a escrever minha mãe abriu a porta me chamando para passar algumas informações para o técnico do telefone (que vamos mudar de operadora e passar para o meu nome).
Estava super a vontade aqui escrevendo (de bermuda, sem camisa, chinelo...) e fui lá falar com ele. Ele me deu uma olhada. Esperava encontrar um homem bronco, feio, não sei... é só um técnico, né? Mas na mesa da varanda estava esperando (juro por Deus! Parece coisa de filme pornô!) um homem sarado, com uma calça de tectel (se escreve assim?!) e uma camisa de manga curta de uniforme apertada. Reparei que no braço dele tinha uma tatuagem imensa (porque o braço dele era musculoso). Acho que ele deve ter uns quase 40 anos, sei lá. Cabelo preto, moreno e alto.

CARACA!

Tipo que eu fiquei dando umas olhadas maliciosas MESMO. Se eu fui correspondido? Não sei. Sei que ele ficava olhando pra mim sem camisa também. Não tinha jeito de viado, mas alguma coisa na voz dele dava a entender outra coisa (ou será só imaginação minha?)

Quem nunca fantasiou com um técnico sarado na sua casa? Lembro uma vez de algo que aconteceu comigo, antes de eu me mudar. Eu tinha 17 anos só e era um técnico da companhia de luz que ia fazer vistoria no relógio. Minha avó tinha saído com minha irmã e mãe e voltariam em duas horas, mais ou menos. Eu morava numa casa mais afastada do centro da cidade (diferente de agora, ainda bem!). E quando o técnico chamou do portão eu fui atender do jeito que estava (que é como hoje: sem camisa, de chinelo e descabelado). O cara não era horroroso, mas nem de longe chegava a bonito. Magrinho, branco, cabelo descolorido (não totalmente, tipo luzes, sei lá) e um pouco maior que eu (o que não é difícil, pois como disse tenho 1,65). Ele fez a vistoria no relógio, que ficava na parte de fora da casa e perguntou se podia tomar uma água. Eu falei "Claro, entra aê". Ele entrou, fomos até a cozinha e, enquanto ele tomava a água falou coisas bobas, como "tá muito calor" e eu "é, tá mesmo". Lembro que ele ficou colocando a mão no pau, por cima da calça, como se coçasse. Tipo, normal até então, nada chamativo. Eu olhei (sim, eu não consigo não olhar...rs) e ele deu um sorrisinho. Eu já ia me direcionando para fora da cozinha e ele abriu o zíper da calça e falou para eu chupar. Eu fiquei sem graça, tipo muito sem graça! E falei "Que isso, cara?" ai ele "só uma chupadinha, eu sei que você curte".
Eu chupei?
Não... era muito criança, havia me assumido a um ano só... e então falei com ele, com o rosto vermelho e em chamas (porque não consigo esconder isso): "Cara, nem vou fazer isso. Eu nem te conheço, nem sei quem você é" (tá, se fosse hoje eu teria chupado mesmo, se estivesse a fim! rs!).
O pau dele não era grande coisa não (tava meia-bomba), mas aquela sensação de perigo, não sei... foi muito esquisito. Ele fechou o zíper da calça, agradeceu pela água e quando foi passar por mim me deu um apertão na bunda que eu, de verdade, estremeci.

Sei que ele ainda está lá fora, e acho que tenho que ir lá passar mais algumas informações.

Vou aparecer sem camisa de novo...

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"frente a uma sociedade e uma linguagem reificadas, o indivíduo afirma dolorosa, agressiva ou humoristicamente sua diferença"
Theodor Adorno