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domingo, 1 de novembro de 2009

Sim, eu gosto de blogar

Não é preguiça não, é falta de tempo mesmo, infelizmente. Terminei meu projeto de iniciação científica (o resumo dele) e, pra quem se interessar e quiser adotar a minha pesquisa (tomara que minha orientadora queira!!!) ela fala do seguinte: Autor se despindo do eu-autor e criando um personagem-autor dentro de uma escrita em forma de diário nos romances "Azul e Dura" e "Um Certo Oriente".
:D

E por conta disso resolvi que iria para o bar comemorar, isso foi na quinta.
Marquei com uma amiga minha sapatão (que não aparenta ser) e nos encontramos às 19h na Cantareira (meu lugar preferido para uma cerveja nas 5ªs...).
Bebendo e bebendo começa a chuva. Naquele dia eu não resolvi sentar no bar gay que sempre sento (porque estou devendo 50 reais da conta lá.... deixa passar) e sentei no bar ao lado (!?). Apareceu uma amiga e depois um amigo meu, eram 22h já. Bebendo cada vez mais nem percebi a hora em que fiquei bêbado, mudamos de bar e fomos parar num bar que tinha umas pessoas de 40 anos pra cima e outras muito alternativas. Só tocava umas músicas que a gente escuta na rádio de MPB de madrugada, sabe? Mas muito legal, clima diferente com gente variada: tá valendo.
Dancei com minha amiga, dancei com a gordinha que tava encostada sozinha na parede e falei que o menino de dreads era lindo para ele próprio.

Saí para tomar um ar com o pessoal e uma hippie vem perguntar se a gente tinha qualquer moeda para ajudá-la. Falamos que não. Ela disse que vendia pulseiras, minha amiga quis ver.
Não me lembro bem como comecei a conversar com ela, só sei que ela fedia e eu falei isso pra ela, ela me chamou de mal-educado e riu e eu falei que ela era também e ri. Perguntei se ela não tinha emprego e a mesma me disse que tinha vindo de São Paulo pra cá, que não tinha esse estilo de vida e vivia de acordo com o que os outros podiam ajudar. Falei que podia indicá-la para um emprego (o meu antigo) e ela fez sinal da cruz e disse que não era pra ela. Fiquei confuso. Falei que não ia dar dinheiro e ela perguntou o motivo e eu disse que tentei arranjar uma maneira dela conseguir o próprio e ela disse que já tinha uma maneira: vendendo as tais pulseiras. Ri.
Ela ficou conversando comigo um bom tempo, mas sempre eu cutucava ela e ela me cutucava com brincadeirinhas como:

Eu: Bate [levantei a mão]
Ela foi bater
Eu: A porta na cara do pobre que é você!
Risos

Vi um cara olhando feio pra gente, um meio alternativo também, mas ela e eu estávamos brincando. Ia pagar uma cerveja pra ela, mas foi embora sem antes me dizer: "Você devia experimentar saber como é não fazer parte da burguesia". Pensei: "Burguesia? É de comer? Ainda existe essa palavra?"

Enfim, sei voltei a pé para o terminal pra pegar um ônibus de madrugada no centro da cidade com um menino que não faço a mais remota ideia de quem seja! Fiquei conversando com ele muito tempo no caminho pra casa. Horroroso, mas simpático. Tentou passar a mão no meu pau no ônibus, eu ri e falei: Ãh... não? Ele questionou e eu falei que ele era feio.

Sei que acordei na sexta às 7h, depois de ter chegado às 2h para ir à faculdade com uma pulseira da hippie no meu pulso.
Nem tirei :)

6 comentários:

  1. Eu acho que tu tem que pensar duas vezes antes de sair soltando as palavras. As palavras machucam. Se coloca no lugar das pessoas... Você gostaria de ouvir tudo o que você diz a elas?

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  2. Pô cara você não ajudou a menina a comprar comida ou ela queria ser comida?
    abração

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  3. Uhuul, meio que virou hippie por algumas horas... pelo menos se divertiu né.

    Zuação: ganhou pra noite uma hippie e um cara, quase virou um ménage :} não é pra qualquer um isso não...

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  4. oi bruno, sou novo por aqui.. adorei o blog e a sinceridade hahah

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  5. uhauhauhauhauhauhhuauhauh
    Adoro esse clima de bar com o povo da antiga e ao som de MPB da madrugada. É um lugar com pessoas diferentes, mas geralmente muto divertidas.
    Apesar dos exageros de sua sinceridade alcólica à sua noite parece ter sido muito divertida.
    Vc sabe curtir a vida...
    ;)

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  6. Vc jura que não é exagero? tudo isso, toda essa irreverência? Cara vc é muito doido, autênticidade demais fere sabia...? Tadinho do minino.... feinho tb tem direito a se sentir podendo pelo menos uma vez... e vc com certeza traumatizou o menino kkkkk deixou ele com complexo de feiura aguda e baixa auto-estima. É fodo! Pode?
    Bju

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"frente a uma sociedade e uma linguagem reificadas, o indivíduo afirma dolorosa, agressiva ou humoristicamente sua diferença"
Theodor Adorno