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quarta-feira, 8 de junho de 2011

(m)EU(s)

Já me chamei, nos meus blogs, Gabriel, Billy, Bily, Jack, Danilo... Quando criei esse blog, após precisar ter apagado o meu anterior, resolvi que adotaria um heterônimo. Diferente dos outros blogs em que eu contava a minha vida e me refugiava num apelido, pseudônimo, dessa vez resolvi ir em outra direção.
Esse não é um blog ficcional, mas também não é facsimilar ao autor que escreve. Um heterônimo é um personagem tão autônomo que eu acabei perdendo totalmente o controle sobre ele. Tanto perdi o controle que hoje não sou mais chamado pelo nome - ou pelo apelido que todos me conhecem - pelo meu namorado (olha: estou namorando a mais de um mês! e não é um drogado idiota. Quem acompanha o twitter sabe). Bruno fugiu das linhas do blog, dos tweets e das autorias dos meus desenhos para ser uma figura que interage realmente com o meio que cria.

"Bruno, te amo!" Meu namorado ama meu heterônimo. Heterônimo que virou eu, ou que eu sempre fui ele?

É estranho ver essa relação. Não é só meu namorado que me chama pelo heterônimo que criei para narrar minhas(?) desventuras. Todos os amigos dele também o fazem. É um novo círculo social criado que se baseia no meu outro-eu (não sou louco de chamar o Bruno de personagem. Ele/Eu é/sou mais que isso): e boa parte dessas pessoas já passou por esse blog. Ou ainda passa? Não sei. Isso é o de menor importância. Sei que estou em outro momento da minha vida que fez uma curva de 90°.
Se passei por um período de conturbações, de gente que passou e me feriu, de focos objetivos mais turvos. Se passei por problemas em casa, perda de amizades, por incertezas que tratava como minhas afirmações identitárias, por lugares-penumbra par evitar a luz ou a sombra. Se passei por isso, foi passado. Se passei, passarei ainda mais depois: vivi.

"Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!"
Mario Quintada

Voltei, BITCHS!

8 comentários:

  1. Não é Bruno? Então vou te chamar de... Manoel.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Tô bege! Vou apertar o Fox até ele me falar o verdadeiro nome rsrsrs
    Bjão

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  4. Ok, meu nome não é Daniel, tbm... huahuahuah. Brincadeira. Sério, que eu achava mesmo que eu seu nome era esse, mas enfim. Interessante ver que vc escreveu sobre heteronímia antes de uma postagem minha, que continha, mais ou menos, o mesmo tema. EMbora eu só tenha lido seu texto agora.

    bjo

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  5. "Se passei por isso, foi passado. Se passei, passarei ainda mais depois: vivi."

    Impressionante que esta frase sintetiza exatamente o momento que estou vivendo. Momento emocional, claro.
    E ao ler seu texto, encontrei muitas semelhanças com meu texto, que você comentou de forma brilhante.
    E a verdade é bem essa... A gente toma atitudes. Se darão certo ou não, o importante é agir. E foi o que eu fiz.
    Assim como foi o que você fez, não é?
    Obrigado pelo comentário e, por favor, volte sempre que quiser.
    Porque eu farei o mesmo em seu blog.
    Sempre!

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  6. ah, eu me mantenho fiel ao seu nome. hehehe

    =D

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  7. Bem, vou te acompanhar aqui. E tentar saber que mistério todo é esse haha

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  8. sempre ouvi falar do Bruno mas nunca tinha me aventurado por aqui ... mas o Sem Censura me trouxe aqui ... daí constato q o guri está de volta com um problema sério de identidade ... pois bem ... vamos segui-lo para desvencilhar este mistério ...

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"frente a uma sociedade e uma linguagem reificadas, o indivíduo afirma dolorosa, agressiva ou humoristicamente sua diferença"
Theodor Adorno