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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A pessoa não é una persona (nem outra)

A vida é muito engraçada. E dá voltas. Convenhamos que essas são afirmações clichês e verídicas.

Não estou mais namorando. A decisão dele que era dar "um tempo", agora é o tempo todo. Não digo isso como reflexo nostálgico do sentimento expresso no post anterior mas, sim, na condição de solteiro que estou.

Curioso como me senti um lixo nesse término e no processo de aceitar a nova condição. Falar "processo" faz parecer que durou muito tempo, mas sou forte. E durou pouco tempo. Pouco o suficiente para me ver em situações que não condizem com quem sou. Agi sem amor-próprio, implorei por uma segunda chance, aceitaria qualquer proposta que ele fizesse. Sim, ele. Hoje para mim ele não é mais que um pronome que, brevemente, se tornará outro pronome, o demonstrativo "aquele".

Ele terminou comigo dizendo que "me via como amigo", depois de seis meses de namoro. Dia seguinte saí, parei numa festa com os amigos dele em que, na ocasião, achava que eram meus também. No período do "tempo antes do término" (a duas semanas atrás, de domingo à quinta) sofri muito, de forma física e fazendo parte de toda aquela passionalidade aflorada própria dos adolescentes. Sexta, já com a resposta definitiva, me encontrava ainda triste, mas saí. Na tal festa extravasei/exorcizei toda a minha rejeição nos braços, beijos e apalpões de homens que me desejaram por uma noite. Saí de lá não me sentindo bem, mas com a sensação de que outras coisas estavam por vir e que ainda posso algo (e pude! Na rua gritaram meu nome, após a festa, olhei pra trás e fui agarrado na Lapa de manhã com um beijo sôfrego seguido de "estou meses sem te ver e é impressionante como você está mais lindo!"). Dia seguinte ligações já tinham sido feitas para ele contando sobre minha noite, sobre eu sair com os "amigos dele, não meus". Isso ficou claro na ligação porém, se confirmaria numa festa posterior em que, verbalmente, ele deixaria claro logo após beijar um cara na minha frente e de ficar comemorando no twitter sobre beijo quádruplo, duplo, triplo, suruba e sexo. Já sabia que dia anterior, também por uma ligação, de que ele havia feito pegação. Não criei caso, não foi na minha frente no momento, fiquei sabendo por terceiros.

Voltemos ao período em que ele pediu um "tempo" e em troca pedi que não esfregasse nada na minha cara por enquanto, para que eu pudesse superar pois, afinal, seríamos amigos.

Ele não se deu ao trabalho de me respeitar em nenhum momento e vi que, de fato, ele não terminou comigo porque "me vê como um amigo". Um amigo entende o outro, se preocupa. Ele não se importou. Na festa em que nos encontramos, além de beijar outro cara na minha frente e pedir "desculpa" com postura de quem está certo (e estava, né? Por que se importar com quem você teve uma história?), mandou que eu "me retirasse do espaço que era dele e dos amigos dele".

Hoje estou bem, ótimo, na verdade. Mesmo vendo foto de quando namorávamos com ele beijando outro em alguma festa e ficar sabendo de outras histórias mais. Até ontem, quando descobri que ele me traía, guardava com carinho nossos momentos de intimidade. Agora, passou. Ontem ri com as histórias, hoje, com ele já tendo me deletado de sua vida virtual e estando apaixonado por um amor de viagem, percebo que sua passagem na minha vida não serviu para encher minha caixa de boas lembranças, mas sim para me fazer aprender que juras de amor não valem muito para adolescentes de boate. Mesmo que o adolescente tenha 24 anos.

Se repudiarei boates e evitarei encontrá-lo? Minha resposta é uma pergunta: Qual a próxima festa?
(Seguida de um possível "posso levar alguém?". Mas sobre isso, conto depois rs)

8 comentários:

  1. Pois você está muito certo! Nada de evitar se divertir por causa de um moleque desses. Uma pena mas... você merece melhor.

    P.S.: Não existe mais grupo no FB. Tem uns meses já que acabou.

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  2. Ah, querido. Fico feliz de ler esse post, no sentido de que você amadureceu e isso se faz transparente nas atitudes que você contou. Deixe passar, ele realmente não curtia você.
    E está certíssimo quando diz que juras de amor de boate não são eternas, boates (gays, principalmente) são lugares horríveis para achar o AMOR da sua vida... Isso é balela.
    Quando for a hora, você vai encontrá-lo num lugar inusitado, pode apostar.

    -> Saudades de você também, te quero bem, viu? E quero te ver de novo para poder dizer o mesmo que aquele menino que afirmou que você está lindo :)

    *DB*

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  3. Isto mostra q vc vai conquistando a sua maturidade e o discernimento necessário para se bem viver ... tudo vem no seu devido momento ... e o seu não será diferente ...

    bjão

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  4. definiu bem: adolescentes de boate.

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  5. Cara passei por algo parecido e como vc, sou forte e superei em pouco tempo.
    E o importante é aprender e tirar uma boa lição disso tudo!
    E já dizia o poeta: A vida é um jogo!
    Abraçooo! :)

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  6. O fim é cruel, sempre haverá um ferido...
    Me recordo do fim do meu primeiro namoro, onde eu implorei, me humilhei pelo sentimento dele, porém aprendi que tudo na vida é superado, que é questão de reconstruir o presente, esquecendo o passado.
    Curta a vida e os amigos, evite tudo o que lembre dele, e seja feliz....
    Abraços

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  7. A raiva é o melhor remédio pra se esquecer um ex...

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  8. Sobre ele ter traído vc...bem vc já traiu antes não é?E também já ficou com homens comprometidos,então disso vc não pode reclamar.Agora quanto as ações dele e as justificativas para essas ações não passam de desculpas esfarrapadas mesmo.

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"frente a uma sociedade e uma linguagem reificadas, o indivíduo afirma dolorosa, agressiva ou humoristicamente sua diferença"
Theodor Adorno