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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A vida social: grupos do Facebook

Um grupo de nerds, acima de 18 anos, que participo me motivou a fazer essa postagem, mas não se resume ao fato ocorrido (apenas é uma ilustração do que venho acompanhando na internet).
Aconteceu o seguinte: achei engraçado um vídeo idiota. E achei engraçado por ser o máximo do idiota. Consigo rir de quem faz barulho de pum com o sovaco, sabe?
Então um menino veio reclamar e eu o respondi. Trocamos estresses, em suma.
"Seu bobo, feio, chato, cocô, xixi"
O tal menino poderia ter ignorado a minha postagem no grupo, mas não o fez e se sentiu na vontade de comentar atacando quem achou a bobeira engraçada (chamando de criança). Isso me levou a pensar em como as pessoas estão funcionando nos grupos do Facebook, pois não é a primeira vez que vejo isso acontecer, ou comigo ou com outrem (tenham em vista que, usarei a pauta "grupos do Facebook" mas isso se abrange pra postura das pessoas na internet. E, dessa vez, posso falar "das pessoas" e me excluir disso categoricamente). Sendo assim, vamos lá.

Quando nós, humanos, nascemos, fomos inseridos num meio: a natureza. Ela já estava pronta, construída. O máximo que fazemos é estudar para entender sua estrutura. Aí, veio a internet. Nosso novo meio, nosso novo mundo. Mundo esse que estamos construindo coletivamente. Estamos jogando The Sims sem nos preocuparmos com o prisma que gira acima de nós ficar vermelho.

Esse novo mundo que estamos construindo passa a ser o mundo do indivíduo, no qual está à serviço dele. Óbvio, mas não claro em primeira instância.

O homem, a partir do seu mundo, manda e desmanda no que produz e recebe para poder, assim, construí-lo: a gente dá block em quem não curte, não aceita amizade no Facebook de quem achamos desinteressante, organizamos contatos, escolhemos quem seguir, senhas, etc. E tudo está em pronome possessivo na primeira pessoa.

Ao organizarmos o mundo com o que queremos receber e produzir, bloqueando e aceitando, criamos, assim, a dificuldade de aceitar o mundo do próximo. A internet são vários mundos que, hora ou outra, acabam entrando em rota de colisão. Essas colisões mostram a dificuldade que as pessoas têm em saber que o seu mundo não interessa ao outro (dica: o nome disso é egoísmo).

Os grupos do Facebook são essas colisões. O que você faz a partir do choque entre duas realidades corrobora para: 1) expandir o que você deseja como informação ou 2) aumentar o muro que o exclui do que poderia, de alguma forma, agregar algum sentido.

Vejam bem, não digo que um vídeo bobo como o que eu postei é fonte de conhecimento. É só um LOL. A internet é feita disso também.

É feita disso também, não só disso.

Há pessoas que tem a rotina de entrar em determinado número de sites todos os dias, quando têm um infinito à sua espera no mundo virtual. É uma escolha guiada pelo seu ego que dão as cores ao planeta chamado EU

As redes sociais, e agora eu volto ao Facebook e seus grupos, tem a possibilidade de chegar à qualquer causa, mas ficam presas nesse planeta do EU. E esse mundo do EU é tão forte que te impede de, ao esbarrar com algo que não lhe agrada, apenas ignorar (e atente, pois digo "agradar" não é no viés de "faltar com o respeito" ou "agir como crime de ódio", ou ainda como "apologia a algum crime"). Há a necessidade de se manifestar porque os grupos do Facebook são onde você não tem o poder absoluto do que é produzido. Ali, outras pessoas produzem juntas.

Esse ego ignora as barreiras da sociabilidade. Às vezes você ouve uma piada sem graça num bar, com amigos e conhecidos e apenas ignora, porque ali você está inserido em um mundo que não é só o seu. Mas, na internet, crê-se que por interferirem no seu mundo você é obrigado a manifestar contrariedade quando, é muito mais fácil, apenas ignorar. Quase como: causar mal-estar virtualmente é mais aceitável que a indelicadeza social real. E lhes digo: ser mal-educado virtualmente é extremamente igual a ser realmente.

A internet pode transformar o ser EU no ser TODO MUNDO, mas pra isso deve-se pensar mais no coletivo e entender que, às vezes, alguém vai fazer uma piada que você achou "tanto faz" ou vai escrever "abituar" num argumento que pode ser muito bom.

Nosso crachá social é o que produzimos, é quando somos vistos, é a nossa opinião, nossa ZuErA, nossa fala mais séria (nem que seja numa revolução de sofá).

Falta mais tolerância e falta, ainda mais, vontade de expandi-la.


Aqui tem uma palestra que serviu para abraçar meus argumentos.

7 comentários:

  1. Há pessoas que querem a todo custo que os outros agem e sejam como elas, se deixarem, elas manipulam os outros.
    Abraços

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  2. Concordo com seus argumentos, plenamente, inclusive, contudo quando vc respondeu o menino na postagem, lá na imagem que vc colocou vc não estava agindo conforme esses argumentos. Estava?

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  3. manda este fedelho CAGAR! tá bom ... detesto este controle de pseudo-cults ... me poupe ... eu posto quase q só bosta no meu FACE ... quem quiser ver tudo bem ... quem não quiser não veja ... rs

    bjão

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  4. Eu não ia ficar explicando isso no grupo em questão, então colei o link da postagem e pedi algumas opiniões. Vai que alguém tem outra concepção diferente ou que complementaria a minha e que seja concisa

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  5. Talvez esse seja o grande problemas todos nós queremos que as pessoas em nossa volta agam iguais a nós. mais temos que levar em consideração a bagagem que cara um carregamos ( como fomos criados, idade etc..)

    + certas coisas acontecem muito em redes sociais mesmo :-\
    Dá uma passadinha em
    http://estilo4u.blogspot.com.br/

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  6. Ei gato
    Ando de saco cheio de pessoas se achando. Se for do meu grupo é só sair, se for bico, mando pra meda, e pronto.
    Bjux

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  7. Não xingou os antepassados e nem amaldiçoou as futuras gerações dele, não fez nada.
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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"frente a uma sociedade e uma linguagem reificadas, o indivíduo afirma dolorosa, agressiva ou humoristicamente sua diferença"
Theodor Adorno