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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

[21/09/09] Mães


A gente nunca sabe o que as mães querem da gente, não é verdade?
Bom, eu sei o que a minha quer de mim. Descobri isso no sábado, em uma discussão aqui em casa, que aconteceu porque minha irmã queria sair (para um baile funk) e minha mãe a proibia. Eu não me pronunciei até ser um dos alvos dos xingamentos da minha irmã. Foi uma cena horrível e me senti muito mal enquanto ela ofendia minha vó e minha mãe, o que fez com que eu a atacasse com outros xingamentos e por fim fiz meu papel de "homem-da-casa" e tive uma conversa séria com ela, sobre as atitudes e a postura que vinha tendo com as duas. Ela falava que iria sair de casa (tem 18 anos), que iria morar com meu pai (que sempre foi ausente e ainda cobra coisas absurdas que não dizem respeito a ele).
O fato é que minha mãe chorou e confessou o que ela sempre esperou da'gente: a felicidade. A nossa felicidade, independente de como isso possa afetar os outros ou se pareça certo ou errado. "Mas você espera uma felicidade com certos limites, regras que são impostas, certo?", perguntei. E ela respondeu: "Não falei disso. Falei de felicidade. Se você quiser ser drogado, vou ficar contra porque sei que isso não trará felicidade para você, mas se você quiser largar sua faculdade, trabalho e resolver se mudar e viver de forma errante pelo mundo e isso lhe trouxer felicidade, eu verei que cumpri a minha missão. Eu sempre pensei em ser uma mãe do jeito que eu via a minha, da forma que eu achava que meus filhos queriam que eu fosse"
É, de fato ela é a mãe que eu sempre esperei. Ela não se opôs a minha condição sexual, aos meus namoros, às minhas experiências e muito menos às minhas decisões. Algumas coisas podem chocá-la? Claro. Ela é mãe! Compreensão tem limite pra ela e ela tende a aumentar tudo cem vezes do tamanho que as coisas realmente são, mas é mãe!
Ela chorou, e depois de tudo que falei com minha irmã, na presença dela, ela me abraçou, quando minha irmã foi pro quarto, e falou "Bruno, você falou tudo que eu queria ter falado. Com você eu vejo que cumpri o meu papel e hoje eu te enxergo com uma maturidade que não sabia que você tinha". Sou um completo louco? É, acho que sim... Mas eu sei sobre minhas responsabilidades e a minha racionalidade sempre vence a maioria dos meus impulsos pacionais.

O que nossas mães realmente querem? Elas nos protegem (ou tentam), nos aconselham, dão dicas sobre a vida e gostam de contar vantagem com as amigas sobre o seu filho.
Quando minha mãe vai falar de mim para alguma amiga a vejo sorrindo e dizendo: "Ele é gay, lindo, inteligente, impulsivamente descontrolado mas, acima de tudo, ele é feliz"

4 comentários:

  1. Nossa, vi uma cena da minha casa aqui - acho que toda família é 99% igual né? Beijo pra sua mãe e que a sua irmã amadureça sem deixar de ser feliz. Ou talvez "ser feliz" no final das contas seja a definição correta de "amadurecer".

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  2. escrevi "pacionais"
    alguém me mata?

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    1. Sim, ja fazem mais de três anos, "mas nunca antes na história desse país" um aluno q cursa letras em uma das melhores universidades federais, assassinou o português dessa forma.. Tipo, eu avistei paCionais e :O.. Chocay..hahahaha.. Eh brinks, não faço o tipo viado intelectualoide.. Mas cuidado.. Uma coisa dessa eh de destruir uma carreira..kkkk brinks novamente.. Bom, finalmente cheguei aos últimos posts.. Bem legal seu brogs.. Me identifico com/adoro gente porraloca.. Claro q minhas porralouquices são um pouco menos frequentes(inda mais agora q to pobredemarredeci,mas eh a vida) e geralmente lembro dos pontos altos (pelo menos), e olha q sou um maconheiro de primeira linha (será q isso existe?).. Bom enfim, eh isso ae man.. Ah, belo nome q escolheste para ser seu heterônimo(eh assim q se escreve??) Vou acompanhando a bagaça daki em diante.. Flw mr. Etílico.. =)

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"frente a uma sociedade e uma linguagem reificadas, o indivíduo afirma dolorosa, agressiva ou humoristicamente sua diferença"
Theodor Adorno